18 de mai. de 2009

A pergunta que não quer calar é: Quem está feliz com o acesso a banda larga hoje no Brasil?

A pergunta que não quer calar é: Quem está feliz com o acesso a banda larga hoje no Brasil?


Mesmo com todas as privatizações das Teles, os serviços de telefonia e internet no Brasil continuam a desejar e muito, não bastasse conter as pessoas com velocidades reduzidas e preços escorchantes, resolveram botar em prática o que já vinha sendo planejado a tempos, cobrar pelo tráfego de dados.

Bem o que isso representa? Significa que no mundo atual, na era da informação, estamos sendo cerceados por empresas monopolístas, de distribuição de serviços de internet, formando portanto, um cartel das teles e nets da vida. Cercados de diversas formas e truques marqueteiros, sobre o que prometem entregar e o que realmente entregam, sobre o preço que prometem cobrar e o que cobram, além da forma que lhe atendem na compra e a diferença no atendimento posterior por algum problema.

Na metade dos anos 90, a internet era considerado luxo, e para poucos afortunados, tinha que se pagar caro por um provedor de acesso, recordo-me na época de alguns famigerados provedores, são eles, UOL, STI, Mandic, entre outros.

Com a chegada do acesso gratuito à internet com provedores como IG (anteriormente chamado de Internet Gratis) e outros o plano de negócios dos provedores de acesso tornaram-se área secundária, sendo constituída a venda de conteúdos e propagandas para o sustento do negócio, proporcionando novas áreas de atuação e gerando concorrência neste mesmo mercado, chegando ao ponto de lhe pagarem para utilizar a internet discada, como é o exemplo do Orolix.

Com a chegada da internet banda larda, os acessos discados foram sendo gradualmente substituído por acessos ADSL, Cable, Rádio entre outros, de forma que o lucro das teles com pulsos utilizados para a conexão diminuísse drasticamente, além da própria tecnologia proporcionar maior velocidade e conforto a usuários e empresas que utilizam-se destes serviços.

Todo o processo de modernização ocorria perfeitamente, até meados de 2004/2005, os preços de acessos a banda larga diminuia, a velocidade aumentava, assim como a disponibilidade destas tecnologias nos grandes centros, chegando inclusive a algumas áeras menos favorecida.

O problema foi que apartir deste ponto, as teles, e empresas de cabos, em formato de cartel, resolveram que iriam utilizar-se de outra forma de negócio para coibir o uso pleno de suas tecnologias, além de poder cobrar mais e mais, pelos acessos, retrocedendo inclusive a todos os avanços alcançados até meados de 2005.

Porque as empresas de cabos e as teles estão “boicotando” os usuários e empresas com propagandas enganosas, produtos e serviços de péssima qualidade além de não disponibilizarem toda a tencologia existente?

É muito simples, empresas como Telefonica, GVT, BrasilTelecom, Telemar e outras vendem muito mais do que suportam vender, onde um mercado emergente e com grande perspectiva de crescimento não tem credibilidade por parte das empersas estrangeiras, estas as quais foram vendidas pelo governo para que resolvessem o problema do gargalo de telecomunicações no Brasil, desta forma formando um novo gargalo, onde a procura é muito maior do que a oferta, inclusive pelo fato de não haver uma concorrência real nesta área, desta forma os contratos de prestação de serviço oferecem SEMPRE a garantia de 10% da velocidade contratada, ou seja, se você tem uma conexão banda larga de 200 kbps, a garantia de velocidade para esta conexão é de 20 kbps, ou seja, menor do que a velocidade de linha discada, na qual a maioria das vezes alcançam taxas superiores a 33.600 kpbs, a mesma coisa ocorre com bandas de superior velocidade.

Outra forma de cobrar mais e impedir o compartilhamento é utilizar-se de franquias de consumo de dados trafegados, ou seja, existe uma capacidade máxima de dados que podem ser trafegados em sua conexão por mês, independentemente da velocidade contratada, cito o exemplo de um contrato com Virtua, internet banda larga via Cabo de TV paga, onde a velocidade adquirida é de 2 MB, e a franquia é de 20 GB por mês, após a utilização desta franquia a velocidade cai para 200 kbps, digamos que vc. utilize sua internet 24 hs. por dia, trafegando vídeos, musicas ou mesmo atualizando seu sistema operacional, e utilize a velocidade completa de 2 MB, você comprirá esta franquia de 20 GB em torno de 34 horas, ou seja 1 dia e meio, e o restante do mês irá trafegar a velocidade de 200 kbps, ou seja, você paga para utilizar o serviço de 2 MB por um mês, mas pode ocorrer de você utilizá-lo por apenas 2 dias.

Existem outros planos com franquias maiores, por exemplo, o plano de 4 MB do mesmo Virtua a franquia é maior, mas a proporcionalidade é a mesma, ou seja, seja lá qual for a velocidade da sua internet sempre terá que reduzir seu uso para que possa atingir a meta de franquia mensal, e é isso que não é explicado pelo “General SKAVURZKA” a seus clientes na propaganda, tavez na Siberia não tenha este preceito.

Essa é a realidade atual da internet no Brasil, porém o que é mais lamentável é não haver uma opção de troca ou equivalência dos serviçoes perstados, ou seja, se não tem solução, solucionado está. O que realmente é intrigante é saber o porque um cidadão comum assinaria uma internet banda larga para baixar seus e-mail, navegar em um site de notícias, fazer e enviar suas planilhas?!?! É obvio que a tecnologia de banda larga veio para possibilitar a utilização de áudio e vídeo, fortalecendo o compartilhamento pleno e irrestrito ao conhecimento e informação, onde até isso estão restringindo através de Traffic Shaping, para a utilização restrita da banda em programas P2P como eMule e Torrents.

Acredito que nós, e apenas nós usuários de tecnologias podemos mudar este quadro dramático da telecomunicação no Brasil, acabar com os carteis e gerar concorrência leal entre as operadores e prestadores de serviços de inetrnet, de que forma?

Protestando, encaminhando diversas reclamações nos jornais e imprensa de todo o Brasil, pois se há alguma coisa que as operadoras cuidam melhor do que seus contratos com clientes é seu nome.

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